Aos sete pecados mortais estabelecidos por Gregório I, o Papa veio agora juntar mais seis, num total de treze...
in Diário de Noticias (11.03.08)
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6 comentários:
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Foram desde sempre conhecidos os sete pecados mortais, estabelecidos à mais de 1500 anos pelo Papa Gregório I no remoto século VI. Aos sete pecados (gula, luxúria, ganância, preguiça, vaidade, inveja e ira) são acrescentados agora pelo arcebispo Gianfranco Girotti sete novos pecados mas estes não mortais. De entre os novos pecados figura a poluição.
A poluição é uma das preocupações das sociedades modernas e um problema global. Os danos ecológicos derivam da poluição do solo, das águas superficiais e subterrâneas, e da atmosfera, além dos incêndios florestais. Os danos para a saúde também são evidentes pois propiciam e originam o desenvolvimento e a propagação de doenças.
O combate à poluição tem de partir dos próprio cidadãos e das diversas instituições no geral.
No dia-a-dia podemos contribuir para a melhoria da nossa qualidade de vida e para um ambiente mais ecológico e equilibrado se por exemplo reciclarmos nomeadamente o vidro, o papel, embalagens, metal, pilhas... . Deste modo estamos a diminuir os resíduos que poluem a nossa natureza e que têm consequências para a saúde pública. O problema dos resíduos (apesar da elevada produção pelo homem), reside no facto de, a natureza não os conseguir eliminar facilmente, e deste modo é necessário encontrar as melhores soluções para os eliminar.
A deposição dos resíduos em aterros é um processo que está prestes a atingir a saturação nas regiões mais povoadas, no entanto continua a ser uma solução viável nas zonas onde existem superfícies disponíveis. A incineração constitui uma solução possível que tem a vantagem de produzir energia, mas requer a realização de investimentos destinados a evitar emissões tóxicas.
Que soluções podemos seguir para eliminar os resíduos de forma eficiente e deste modo contribuir para a diminuição da poluição?
A poluição pode ser vista e bem como um pecado nas sociedades de hoje.
Ass:Carla Lourenço, n.º 14967,subturma 2
É um excelente sinal da modernidade e dos avanços ideológicos da Igreja o facto de ver a poluição como um mal para o Homem e considerar que é mau ser poluidor. No entanto, não sei até que ponto o facto de ser considerada um pecado a poluição vai deixar de ser praticada por aqueles que são cristãos. Tendo em conta a diversidade religiosa, ainda que a religião cristã possa ser maioritária em termos de número de crentes, não me parece que os cristãos ponham de lado certos luxos para poluirem menos,como é o caso da utilização de veículos individuais em vez de transportes públicos. Ou como é o caso bem evidente da não reciclagem,quer por crentes, quer por não crentes. O que é certo é que a atitude da Igreja é sem dúvida salutar,quanto mais não seja, de forma a abrir as portas ao diálogo e à discussão em torno desta temática.
Porque depende de cada um e essencialmente do modo como cada um de nós vê a poluição e o que estamos dispostos a fazer para minorar os estragos que a cada minuto perpetramos.
Sem dúvida que a questão está em cada um tomar consciência de que a poluição diz respeito a todos e não apenas às grandes empresas, como sejam as fábricas cimenteiras, ou aos políticos, ou às grandes potências, como o caso dos Estados Unidos da América. Porque se é certo que esses sim deveriam fazer muito mais, ou ao menos alguma coisa pelo ambiente, como seja o cumprimento do protocolo de Quioto, a tomada de outras resoluções e a criação de entidades que não só recomendem isto ou aquilo, mas também que fiscalizem e façam cumprir os acordos, as leis que são emanados em matéria ambiental. Porque de nada servem as Convenções, os protocolos, as leis, se não forem devidamente regulamentadas e não for verificado o seu cumprimento efectivo, desde a aplicação de medidas preventivas,por um lado,mas também punitivas,por outro. Uma simples coima de um valor "mínimo" não é,como se vê, factor de desencorajamento dos "prevaricadores".
Mavília Branco
É com muito agrado que vejo uma instituição, como a Igreja Católica, que ainda possui um elevado estatuto e poder a nível internacional, vir afirmar que a poluição é um dos novos pecados mortais.
Isto tem toda a lógica, se tivermos em conta o que sucede actualmente...
Vemos o Kilimanjaro, o ponto mais alto do continente Africano, praticamente sem neve, isto quando não há muitos anos grande parte da montanha estava permamentemente coberta de neve; ou o caso preocupante do Artico e da Grônelandia, onde as calotes de gelo se estão a derreter a uma velocidade impressionante, ameaçando assim várias populações costeiras, pois o nível médio das àguas irá ter aumentos substantivos, e é importante não esquecermos que já existem os primeiros refugiados que são directamente relacionados com o aumento do nível dos oceanos, é o caso de inumeras ilhas do Pacífico, que em dadas épocas do ano já ficam praticamente submersas, prevendo-se que daqui a poucos anos se tornem inabitáveis.
Pena que apesar destes factos todos, o país que mais petróleo consome, e um dos principais poluidores a nível mundial, os EUA, continuem, teimosamente, a não ratificar aquele que é o mais importante documento regularizador sobre as emissões para a atmosfera.
Enquanto as sucessivas administrações Norte-Americanas se recusaram a ver aquilo que já é considerado um dado adquirido, e não ratificarem o protocolo de Quioto, este não passará de letra morta.
E porque não referir igualmente o exemplo da China, e perguntar a nós próprios como é possível a comunidade imternacional continuar impávida e serena a assistir diariamente ao triste espectaculo que este país proporciona, é de tal maneira que há o receio de em certas provas ao ar livre, a terem lugar nos próximos jogos olímpicos, a elevada poluição existente em Pequim irá ter grande influência nas prestações dos atletas.
Por tudo isto é importantissimo que a Igreja Católica tenha tido esta atitude.
ASS: Pedro Oliveira, ST11, Nº13838
NÃO VAMOS PECAR, VAMOS PLANTAR!!
O processo de Desflorestação consiste na remoção, em grande escala, de grandes porções de floresta, anterior à sua substituição por outras utilizações do solo. Por outras palavras pode-se descrever como o abate de árvores com vista a utilizar o solo por elas ocupado para outros fins, economicamente mais rentáveis do que ter um conjunto de seres vivos que controlam os ciclos de água do solo e a reciclagem do ar, com produção de oxigénio.
Segundo as estatísticas, 17 milhões de hectares (170000km²) de floresta são destruídos anualmente.
As limpezas florestais, que decorrem das necessidades de manter caminhos, e retirar matos e madeira seca, é uma tarefa necessária para salvaguardar as zonas de floresta do risco de incêndios, e até aqui ninguém questiona, mas o que se passa é que em muitos parques naturais nomeadamente no Parque Natural Sintra-Cascais esta intervenção a título de ‘limpeza’, está a deixar clareiras e a abater árvores adultas, criando um desequilíbrio naquele ecossistema que irá demorar muitos anos a recuperar, mesmo plantando outras espécies. É neste contexto e como forma de alerta para este problema ambiental que venho manifestar o meu agrado e apoio, sobretudo enquanto residente no Concelho de Cascais e frequentadora do Parque Natural Sintra-Cascais, ao projecto lançado pela agência municipal "Cascais Natura" para fazer face a estas limpezas por vezes excessivas e pouco eficazes para o nosso ecossistema:
In Jornal Metro
" A agência municipal Cascais Natura lançou na sexta-feira o projecto "Oxigénio", tendo começado a plantar cerca de dez mil árvores no Parque Natural Sintra-Cascais.
A Câmara de Cascais comprometeu-se a plantar uma árvore por cada cidadão nascido no concelho desde 2002(...).
O Parque Natural é um património riquíssimo queremos protegê-lo e alertar para que as pessoas o protejam também e que sintam que o Parque também é delas(...). A iniciativa pretende abrir ao público cerca de 1300 hectares, entre o litoral atlântico ocidental a norte do Guincho e a vila de Cascais, e plantar árvores oferecidas pela autarquia, pela empresa municipal EMAC e pela revista "Visão".
Acções de protecção e recuperação de solos, erradicação de plantas invasoras, limpeza e requalificação de ribeiras e limpeza de matos são algumas das iniciativas que completam este projecto."
Pode aparentemente parecer aos nossos olhos um projecto simbólico, mas senão começarmos pelas pequenas medidas e por aquelas que estão ao nosso alcance, então corremos o risco de condenar o direito fundamental a um bom ambiente, o direito a uma boa qualidade de vida e ainda de sermos modernamente considerados pecadores neste mundo de poluidores.
Devemos todos mobilizar-nos na protecção do nosso planeta.
Todas as boas ideias, todos os truques para preservar o nosso planeta merecem ser partilhados pelo maior número de pessoas e todos os projectos como o “Oxigénio” são quanto a mim bem vindos e merecem ser aplaudidos!
Ana Martins Subturma 11 Nº13621
Sem querer ser a voz discordante (e porque não?) não corremos nós o risco de estarmos perante uma manifestação de ecoxiismo? Não será isto uma espécie, ainda que não partidária ou política, de totalitarismo ambiental?
Se analisarmos o ascendente que a Igreja Católica (ainda) tem sobre gente de fé, rapidamente começamos a ter uma ideia do efeito potencial (e pernicioso) que a criação de novos pecados do Catolicismo pode ter. O que me coloca muitas dúvidas... não obstante ser louvável este pequeno (grande) incentivo para a salvação do meio-ambiente, será que isso justifica a intervenção da religião, algo que mexe tão profundamente com a psique humana dos verdadeiramente crentes?
Mais, de todos os pecados "modernos" este é o único que não vem referido (ou indiciado) na Bíblia. Até a manipulação genética, ainda que não directamente referenciada (por motivos históricos mais que evidentes) está compreendida nos princípios de humanização da Bíblia.
Mais uma dúvida que se me coloca: se poluir estarei a pecar. Então, se quiser instalar o progresso numa qualquer aldeia, desenvolver recursos, criar empregos e riqueza, não o poderei fazer porque instalar uma indústria causa inevitavelmente poluição? E se essa aldeia for no meio de um país como a Somália e se destinar à produção e distribuição local de arroz?
A não ser que a Igreja Católica esteja a sugerir que a ilicitude se excluirá por estarmos perante uma situação de conflito de deveres (por oposição de um "dever de não poluir" perante um "dever de melhorar as condições de vida e dignidade humana") corremos o risco de estar perante situações, do ponto de vista dogmático, injustificáveis.
Admitindo que esta posição possa ser um pouco radicalista (a da Igreja Católica, entenda-se), então parece que estaremos perante um caso de "os fins justificam os meios" e a questão que se coloca é: este fim justificará o recurso a todos os meios?
Maria Inês P. Ramalho (14364)
5º ano, Sub. 4
Não discordando do comentário que a colega colocou em cima, nem tão pouco querendo discordar ou concordar com a "política religiosa" da Igreja Católica, não considero que se trate de uma manifestação de ecoxiismo, mas antes um contributo apreciável para o melhoramento do meio ambiente.
É inegável, o poder e o papel que a instituição católica exerce, não só do ponto de vista religioso, mas também social. Talvez por essa razão seja levado a pensar que se tratou de uma ideia louvável.
Por outro lado, e não obstante não se referir na Bíblia, expressa e directamente, preocupações com o ambiente, era já um pecado, ainda que talvez não positivado nos textos canónicos, na medida em que considerarmos que a poluição é por si um meio de destruição daquilo que foi criado por Deus.
Por fim, ainda que concorde com esta medida, refira-se que não estou a defender a Igreja Católica, mas apenas a retirar algumas vantagens da sua afirmação, já que alerta os mais distraídos e alheados para problemas ambientais e para a importância da protecção do meio ambiente.
João Malheiro Pinto subturma12