A Quercus entregou hoje um postal com quatro metros ao Ministério da Economia e Inovação a pedir que sejam banidas em 2011 as lâmpadas incandescentes, por serem pouco eficientes face a alternativas como as lâmpadas economizadoras.

"Apesar de uma lâmpada fluorescente compacta ter um custo superior ao das lâmpadas incandescentes, a longo prazo é um investimento que compensa porque existe uma redução no consumo de electricidade de cerca de 80 por cento e porque tem um tempo de vida dez vezes superior", disse Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.
Segundo Francisco Ferreira, "as lâmpadas incandescentes são as que têm maior prevalência na utilização doméstica", vendendo-se no país cerca de 30 milhões de lâmpadas.
A Quercus lembra que outros países já decidiram o fim das lâmpadas incandescentes, como a Irlanda, Reino Unido, Itália e Austrália. Esta medida significa "a poupança de 1400 megawatts (MWh) por ano, ou seja, três por cento do consumo de electricidade, e mais de 680 mil toneladas de redução nas emissões de dióxido de carbono por ano".
Para a associação, esta proposta é "uma alternativa mais eficiente do que a taxa ambiental" que vai ser aplicada sobre as lâmpadas incandescentes a partir de dia 1 de Março.
O fim da venda de lâmpadas incandescentes em 2011 pode representar, em 2020, a poupança de cerca de 25 por cento do consumo de electricidade.
"Os 41 cêntimos cobrados por lâmpada vão representar 12 milhões de euros para o Estado aplicar em medidas de eficiência energética e para o Fundo de Carbono - destinado a pagar o excesso de emissões de gases de efeito de estufa para cumprimento do Protocolo de Quioto - enquanto que a substituição por lâmpadas económicas proposta pela Quercus representa uma poupança para o Estado de 13 milhões de euros por ano", explicou a associação ambiental.
Em emissões de gases de efeito de estufa representa seis milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, ou dez por cento do ano base do cumprimento do Protocolo de Quioto.
A Quercus alerta, contudo, para alguns cuidados a ter com as lâmpadas economizadoras por conterem mercúrio: quando se fundem devem ser entregues na loja onde foram compradas ou num ecocentro em vez de serem colocadas no lixo, no caso de se partirem, deve abrir-se uma janela durante 15 minutos, devendo os resíduos ser apanhados com luvas de borracha e toalhas de papel e colocados num saco, lavando as mãos no fim do processo.
No entanto, "não constitui perigo para a saúde pública, pois a concentração de mercúrio em cada lâmpada é tão baixa que teriam que se partir várias lâmpadas em simultâneo para poder haver perigo para a saúde no curto prazo", explicou a associação ambiental.

in Público (28.02.2008)

1 comentários:

  1. Anónimo disse...

    Na edição desta semana do jornal "Expresso" vem destacada esta iniciativa que a associação de defesa do ambiente "Quercus" teve no Âmbito do tema em análise, isto é, sobre o fim das lampadas incandescentes.Temos de reconhecer, que é daquelas acções que despertam simpatias.
    Todos nós estamos cientes de uma coisa, que com o fim das lampadas incandescentes se podem poupar toneladas de emissões de CO2, havendo o bónus de, ainda por cima, ajudar os orçamentos familiares.
    Com efeito, de inicio as lampadas economizadoras têm um custo mais elevado que as lâmpadas incandescentes, mas em compensação duram muito mais tempo que estas últimas, e saiem mais baratas na conta da electricidade que nos chega a casa todas os meses.
    Por isso penso que o facto do mais importante jornal português colocar esta acção da Quercus, na figura do seu vice-presidente como estando "em alta" na semana que passou é muito importante para uma maior consciencialização das populações para estas questões tão importantes.

    ASS Pedro Oliveira, 5ºano ST11, Nº13838  


 

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